Quem sou eu

Minha foto
Pedagoga com habilitação em gestão educacional,especialista em Tecnologias e Novas Educações,líder regional dos grupos: evangelização e universitários da IURD,professora da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esportes e Lazer de Salvador e uma serva do Senhor JESUS.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

 
CONSUMO INFANTIL E A TRANSFORMAÇÃO DO CORPO

A partir da revolução indústria, as empresas passaram a fabricar intensamente seus produtos com a finalidade de suprir a necessidade do mercado capitalista e consumista, com o fim da Segunda Guerra Mundial, essa produção intensificou, pois, foi o momento de erguer o mercado e aprofundar em novas conquistas e objetivos, desta forma, os produtos industrializados tomam conta do mercado de forma mais acessível, influenciando e intensificando o habito de consumo. Claparéde (2008) diz que toda conduta é ditada por um interesse: toda ação consiste em atingir o objetivo que é mais urgente naquele momento determinado. Portanto, os momentos acima citados foram de interesse capitalista e consumista.
Na atualidade percebemos que o habito de compras e vendas é vista como competição, ou seja, cada pessoa procura se destacar da melhor forma possível, através da aparência, mesmo que tenha que modificar o seu próprio corpo, e que esteja usado produto que não seja do seu agrado, o que realmente interessa, é a inserção na sociedade. Exemplo: você só estará bem vestido se estiver usando uma grife, será modelo se for magra. 
Fonte: Google

Pode-se dizer que, de modo panorâmico, ao longo do século XX o corpo passa por três estatutos culturais básicos: o corpo representado visto e descrito pelo olhar do outro, da igreja, do estado, do artista; o corpo representante, um corpo ativo, autônomo quanto às suas práticas, consciente do seu poder político e revolucionário, porta voz do discurso de uma geração, contestador, sujeito desse próprio discurso e agente propositor e defensor de reformas que vão da sexualidade à política. Finalmente temos o corpo apresentador de si mesmo, aparentemente a serviço de uma cultura que se pauta pelo efêmero e pelo imediato, caracterizado como porta-voz de forma e não de conteúdos. (FONTES 2006, p.7).

Diante deste ato de mudança e transformação desperta o interesse no publico infantil, pois, as crianças na maioria das vezes são reflexos dos adultos, eles repetem o que vem. Hoje observamos crianças que parecem um adulto em miniatura com vestes e costumes desnecessária a sua faixa etária. De acordo o contexto histórico do período medieval, durante muito tempo, a criança era tratada como adulto em relação as suas vestes, mas com a evolução do pensamento pedagógico e o idealismo de Rousseau (2008) que enfatizou no seu livro Emilio, que a criança deveria ser educada, sobretudo em liberdade e viver cada fase da infância na plenitude de seus sentidos.
                           Fonte: Google                                                                    
Na sociedade contemporânea, presenciamos crianças vivendo como nos tempos passados, no período medieval as crianças eram obrigadas a vestir e comportarem-se como adultos, hoje, se vestem por vontade própria, no período revolucionário das indústrias as crianças trabalhavam para sobreviver, hoje, estão fora das indústrias, mas, nas ruas das cidades com seus limpadores de pára-brisas e seus sacos de balas para vender.  
Temos hoje uma infância perdida, sem limites e obcecadas pelo consumismo, sendo a ser prejudicial a sua saúde, como os obesos por exagero alimentar, tudo isso devido à falta de limite de consumo, observamos isto no documentário: Criança alma do negocio, onde destaca crianças afastadas do mundo natural e vivenciando o mundo industrializado.
As brincadeiras de rodas e os brinquedos de madeira foram trocados pelos videogames e os brinquedos eletrônicos. As crianças estão mais exigentes e sabem o que querem, determinam condições a seus pais e até mesmo aos educadores. A televisão, os desenhos e principalmente os anúncios de comerciais ganham destaque na vida das crianças como nunca. Percebemos as suas preferências por determinadas marcas, são exigentes quanto às roupas que usam e a maioria delas gostariam de ganhar mais coisas do que seus pais lhes dão.
Concluímos que as crianças estão imersas no mundo da indução e persuasão das mídias, que proporcionam anúncios e propagandas para induzir o público infantil, no qual seus objetivos são alcançados, pois, presenciamos um mundo infantil transformado e inserido na sociedade de consumo.

BIBLIOGRAFIA

FONTES, Malu. Os Percursos do Corpo na Cultura Contemporânea. 2006.
CLAPARÉDE, Édouard. Revista nova escola. Grandes pensadores. Abril, julho 2008.
ROUSSEAU, Jean Jacques. Nova escola. Grandes pensadores. Abril, julho 2008.
VÍDEO: http://www.youtube.com/watch?v=dX-ND0G8PRU

CRÉDITOS
Sebastiana de Barros Vilas Boas
Pedagoga - FAC
Professora Rede Municipal de Ensino de Salvador - SMEC
Especialização - Tecnologia e Novas Educações - UFBA